Fazer uma reforma de ensino e apenas mexer com a responsabilidade dos professores para se atingir um ensino de qualidade é para mim, cair num erro bastante grave. Por muito melhores que os professores se tornem, por muito bom que o meio escola venha a ser (sim, também é preciso, por exemplo, dar condições de trabalho aos docentes), não acredito que a educação portuguesa melhore enquanto a grande maioria das crianças e jovens que nela transitam, chegar a casa e não sentir um meio motivador e estimulante para a aprendizagem e estudo.
Penso que uma reforma com sucesso do ensino tem que também englobar os pais/encarregados de educação. Antes de este ser posto a avaliar uma classe de professores, outras responsabilidades têm que lhe ser impostas nas suas mãos.
Reforçando, não percebo mesmo como pode ser um professor avaliado por uma classe que pouco participa no meio escola. Quando dava aulas, bem via os gatos pingados de encarregados de educação que apareciam às varias reuniões. Raro era o encarregado que mostrava um interesse continuo no acompanhamento escolar do seu educando.
Portanto, temos de momento encarregados completamente desresponsabilizados para com o sucesso de uma área que precisa de todas as suas componentes para ter sucesso, em particular, estes são completamente desresponsabilizados para com o sucesso escolar do seus educandos. A culpa é sempre da escola, dos professores. Os pais usam o parque escola, para simplesmente estacionar o educando e esperar que saia de lá doutor.
Um ensino de sucesso, precisa de uma avaliação e responsabilização de todos os componentes que o constituem: do aluno, do professor, do encarregado de educação, etc. Senão, será sempre um ensino coxo, por muito boa que a moleta seja.
Penso que uma reforma com sucesso do ensino tem que também englobar os pais/encarregados de educação. Antes de este ser posto a avaliar uma classe de professores, outras responsabilidades têm que lhe ser impostas nas suas mãos.
Quantos são os encarregados que acompanham os seus educandos? Quantos alunos chegam a casa e não têm os pais presentes? Quantos têm em casa pessoas capazes de os ajudar nos seus estudos?
Poucas são as crianças que têm a noção da importância do que estes anos escolares têm para com a sua vida futura. Quando dei aulas no ensino nocturno, apanhei muitos alunos que davam tudo para voltar atrás e poder aproveitar a escola no seu devido tempo. Portanto, a criança, até pelo menos conseguir esta percepção e se tornar independente, precisa de um continuo acompanhamento que não é possível dar, por exemplo, numa escola com salas de aulas sobre lotadas (como é apanágio!!).Reforçando, não percebo mesmo como pode ser um professor avaliado por uma classe que pouco participa no meio escola. Quando dava aulas, bem via os gatos pingados de encarregados de educação que apareciam às varias reuniões. Raro era o encarregado que mostrava um interesse continuo no acompanhamento escolar do seu educando.
Um ensino de sucesso, precisa de uma avaliação e responsabilização de todos os componentes que o constituem: do aluno, do professor, do encarregado de educação, etc. Senão, será sempre um ensino coxo, por muito boa que a moleta seja.
3 comentários:
Concordo plenamente com o teu ponto de vista. Mas faltou referires que os programas têm de ser adequados ao meio, assim como a participação de toda a comunidade.
Aqui estão os teus desencarregados de educação!
Diria até que eles estão a acompanhar demasiado os educandos...
Este é um dos aspectos em que os professores realmente têm toda a razão e pouco se ouve falar nele... porque será?
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