domingo, 13 de dezembro de 2009

Pergunta impertinente!

Ouvi dizer que vão abrir uma grande superfície comercial outlet ( Continente, Jumbo ou outro assim) no "Factory" em Vila do Conde.

Como é que será a secção de frutas e vegetais?



Umas alfaces já castanhas? Pêras podres? Larvas e moscas a passearem pelos tomates!

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Breve Sumário da História do Tozé

O facto de Camões referir uma das personagens mais caricatas que conheço: o Tozé. Levou a que eu saísse do tópico deste blog e o desse a conhecer aos leitores. Não estarei a sair totalmente pois Tozé encontra-se preso por um crime que não cometeu, só que eu sei que ele não cometeu, toda a gente que frequenta o Carrascão sabe, só não sabe a polícia que o prendeu por ele ter apanhado a boleia dos assaltantes. Só mesmo em Portugal.

Tozé, 39 anos, profissão: bêbado

Há pessoas que simplesmente não tem sorte Tozé nunca conheceu o pai. Embora que se dissesse, em segredo, ele era filho do antigo padre. O antigo padre que, ironicamente, era filho também ele de um padre. A mãe do Tozé nunca revelou quem seria o pai. Os contornos da cara não mentiam e à medida que o Tozé crescia ficava mais parecido com o senhor que anunciava ser celibatário todos os Domingos de manhã.
Aos 7 anos de idade o padre foi substituído, não se sabe porque razão, se foi por pedido próprio ou se foi obrigado a isso. Mas fala quem viu, sim porque eu ainda não estava por cá, que a mãe dele se passou a abrigar mais em casa, entrou em depressão... Foi também nessa altura que abriu o Carrascão, cafés e tascos abriam por todo o lado nessa altura em Portugal e o Carrascão foi dos primeiros aqui na zona. "Dantes tínhamos de ir lá baixo, depois da bomba de Gasolina e onde é agora o prédio onde tem a Caixa Geral, antes de construírem o prédio era lá tasca velha".
A mãe do Tozé não resistiu muito tempo e quando ele tinha 12 anos anos faleceu.
Tozé ficou só neste mundo, não continuou os estudos e foi trabalhar na oficina do Joaquim da Mota. O Joaquim da Mota, Mota era alcunha, tinha uma oficina de carros, era um homem bastante sonolento, gostava bastante da pinga e conheci-o porque o encontrava normalmente no Carrascão, onde às 21 horas aparecia para jogar à sueca com os parceiros do costume ( O Sr Gustavo, o Manuel da Quingosta e o Artur Peixinho ( que é o pai da Suzana da bomba da Galp)).
Inicialmente o Tozé era bastante dedicado ao emprego na oficina. O Joaquim da Mota afirmou-me que "O rapaz tinha futuro naquilo, estava ainda a aprender mas já percebia mais de motores que qualquer outro empregado naquela oficina". Um dia o Tozé chegou na oficina com um grande sorriso nos lábios. A razão? Maria Isabel.
Maria Isabel é outro caso raro aqui na zona, pondo tudo em pratos limpos, hoje é prostituta. Já a vi várias vezes no Carrascão, uma das quais a protestar com um cliente a, gritando que este não lhe tinha pago o "serviço". E lembro-me que o Tozé nunca lhe mandava falar mais baixo, como mandava nós, quando ela lá estava ele apenas baixava os olhos e bebia mais um pouco do néctar que tinha no copo.
Tozé caído de amores pela Maria Isabel, mas ela nessa altura já andava na má vida, embora que nessa altura se disfarçasse as coisas, e por descuido, ou não, Maria Isabel engravidou do falecido Gomes Dias ( ou pelo menos diz-se que foi dele, porque o então presidente da junta de cá do sítio teve de dormir uns meses em casa dos filhos, pois a esposa o expulsara de casa por os ter apanhada numa das relações). Ora Maria Isabel fez o Tozé acreditar que o filho era dele, e Tozé gastou a maior parte do resto da herança que a mãe lhe tinha deixado e o que tinha poupado a trabalhar na oficina para enviar Maria Isabel a uma clínica a Espanha.
Quando Maria Isabel regressou de Espanha mandou o Tozé dar uma volta, foi essa a primeira vez que Tozé se embebedou. Foi nessa sexta -feira à noite que o dono do Carrascão a levar o Tozé a casa... no domingo de manha.
O ritual começou a ser repetitivo e Tozé começava cada vez mais a gostar da bebida, todas as noites ia para o carrascão e bebia uns copos.
Na oficina, Tozé começou a desleixar-se, começou a chegar atrasado, tresandava a álcool. O Joaquim da Mota um dia chamou-o à parte - "Que é que se passa contigo rapaz? Não chegas a tempo, andas sempre de mau humor, já nem sequer fazes a barba. Tens de te curar, não quero que vás mais para o Carrascão encher-te de bebida. Ouviste?". O Tozé pediu desculpa. Passado meia hora, e sem ninguém saber porque o Tozé começou à porrada, no meio da oficina e sob o olhar estupefacto dos clientes, com um colega mais velho. O colega mais velho ficou com um braço partido, por causa do Tozé lhe ter acertado com uma chave de estrias número 24. O Tozé foi mandado embora.
Aquilo foi o desterro do Tozé. Desde então passou a viver todos os dias no Carrascão. Fazia um biscate aqui e ali, era o porteiro/toalheiro/roupeiro nos jogos de futebol do clube local, pediam-lhe para ajudar em funerais, limpar umas sarjetas, mas era tudo uma forma de arranjar dinheiro para a bebida. Verdade seja, não há dia que aquele homem não trabalhe, biscate aqui , biscate ali, mas também não há noite sem Carrascão para sair à hora do fecho, bêbado, a cantar, sem pensar na vida. Quanto ganha, quanto gasta no Carrascão.

Pronto, basicamente é esta a história do Tozé. Há mais alguns episódios interessantes. Pode ser que eu, ou alguém os relate aqui um dia.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Aniversário

Ainda me Lembro como se tivesse sido à um ano... Espera foi à um ano!
Foi à perto de um ano que um grupo de jovens (na altura eram jovens, acreditem) decidiu fazer uma parceria, gerar uma ideia milionário, vende-la e reformar-se com os lucros de vendas dessas ideias.
Claro está que estes grupo não dispunha de capital para para tal ventura económica (e muito menos de uma ideia milionária) pelo que tiveram que se abster e em vez disso criaram um blogue. Era um blogue cheio de ideias e de ideais que viriam a mudar Portugal. Juntaram a nata da sociedade... Professores, um gajo ameaçado de morte por ser contra os professores (Eu posso ceder informações pessoais se ainda houver alguém à procura dele) e mais tarde até um emigrante que se julgava desaparecido numa tempestade de neve (mas na primavera , quando a neve derrete, encontra-se toda a gente)
Este blogue tornou-se na chama de Portugal, sem censura, sem medo. O blogue era a voz que se fazia ouvir (na nossa cabeça enquanto liam as linhas de cada noticia e as entrelinhas de cada comentário).
Não nos calamos, mesmo quanto o Tozé berrava para nos calarmos - O Tozé é o bêbado local do café onde às quintas ferias nos reuníamos na tasca do Carrascão.
Não havia censura ao ponto que o Governo (entenda-se que o primeiro ministro não é o chefe de estado nem é o governo mas é uma pessoa que quando sente uma cólica faz com que todos os ministros se encolham com a mão no estômago) começava a ficar inquieto e com a aproximação das eleições começaram-se a sentir pressões típicas de uma cólica...
Uma dada quinta-feira, enquanto dava laços com a gravata que ia levar ao Carrascão recebo um telefonema "- Pá! Não posso ir porque tenho que preencher a minha auto-avaliação de professor". E nem cinco minutos passam sem que tenha mais duas desistências pela mesma razão!
Mas o pior ainda está para vir...
Recebo mais uma chamada, olho para o número, mas ele nem era professor... Ele estava desempregado. Atendo e do outro lado o que me diz
-Pá! O meu nome desapareceu do centro de emprego...
- Arranjaste emprego?
- Não. O meu nome desapareceu do centro de emprego!
Esta foi a última vez que ouvimos falar dele... Diz -se que faz parte do outros 92,2% dos empregados mas ninguém mais ouviu falar dele!
Sem quórum para proceder à reunião de quinta-feira prossegui para o Carrascão. E ao lá chegar, dei com o Tozé à porta... Chorava! Como é alguém capaz de tal atrocidade? O Tozé estava sóbrio! Estava sóbrio porque o Carrascão tinha fechado. Tinha lá ido a ASAI horas antes de propósito para fechar o Carrascão!
Não havia duvidas para o que aqui se tinha passado.
Retornei para casa sozinho na noite escura. A meio do caminho começou a chover, nada de anormal para uma noite típica do Porto, encharcando-me a gabardina por dentro e por fora.
Ao chegar a casa reparo que tenho mais umas mensagens no meu telemóvel. A primeira anunciava-me que devido à falta de carregamentos me iriam cortar a possibilidade de efectuar chamadas. Sanguessugas. O meu saldo naquela noite era de 72 euros e 35 cêntimos e já me estavam a obrigar a entregar mais dinheiro àquela empresa de telemóveis. A segunda era a de um amigo que me convidava a ir jantar ao Atlântico, era a noite das francesinhas escrevera ele, não lhe pude responder e a reserva era obrigatória, o meu telemóvel não autorizava mais o envio de mensagens enquanto não fosse recarregado. Desde então, esse meu amigo nunca mais me convidou para jantares ou festas. Disseram-me: "Para quê convidá-lo se ele nem sequer responde?".
Fiquei em casa, adormeci...
Foi na manhã seguinte que a terrível notícia apareceu. O Tozé, na noite em que estava mais sóbrio nos últimos anos... na vida dele toda! Sóbrio que nem o Sócrates, tinha-se feito à estrada em vez de ficar a dormir na valeta... Ainda dizem que beber mata! Foi a desgraça dele... Tinham assaltado a bomba de gasolina da Suzana (Suzana não é uma marca rasca de produtos petrolíferos, mas sim a empregada mamalhuda que trabalha na bomba da Galp aqui ao pé. O pessoal paga mais 5 cêntimos ou faz 10km e vai encher o depósito à bomba do supermercado).
Três encapuçados, emigrantes do leste de certeza, que a malta cá da terra não é dessa laia (só tem maus vícios mas por norma tem licença de arrumador) roubaram um BMW e recolheram o Tozé no meio da estrada... Recolheram-no mesmo! Recolheram-no para dentro do carro porque o Tozé não saia da frente sem que o levassem até ao Matalhão (O Tóze só vai a tascas que acabam em lhão). Mas antes de o despejarem na tasca, já a policia, excepcionalmente, tinha identificado o BMW, juntamente com o Tóze que por acaso era o único desencapuçado. Apanharam-no no dia a seguir em casa (a primeira manha sóbrio) e levaram-no para Custóias. Os assaltantes desapareceram sem deixar rasto....
E depois disto foi uma desgraça a seguir à outra.
O Sócrates ganhou outra vez (Até o caso do FreePort ganhou)!
A Manuela Moura Guedes foi corrida da TVI (acabou-se a televisão de qualidade!)!
E agora prometem-nos o TGV para os greenpeace espanholas virem para cá mais depressa a dizerem que não devemos comprar peixe...
O aeroporto da Ota vai ser em Alcochete (!!!)

Bem, com mais dividas... desculpem! Sem dúvida! Sem dúvida que temos panos para conversa! E por isso prometemos mais para o ano! Prometemos continuar a ser a voz de Portugal
E sem dúvida daremos notícias assim que o Tozé sair com termo de identidade e residência.

P.S Este texto só foi publicado dia 5 de Dezembro ( aniversário oficial do Portugal prá frente)

sábado, 28 de novembro de 2009

diz que...

Terão vocês ouvido, eventualmente, falar no processo de avaliação de professores?...

Diz que andam em negociações. Diz que os sindicatos até nem parecem descontentes. Diz que o processo vai ser revisto. Diz até que pode ser temporariamente suspenso.

Ai diz?!... É que nas Escolas nada se sabe, e continuamos, por isso, a brincar às avaliaçõezinhas com prazos e calendários afixados para entrega de papéis, dos quais ninguém está interessado no conteúdo...

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Como um boi a olhar para um palácio

Assim que ficam os nosso magistrados a olhar para as aplicações informáticas de hoje em dia (e quiça de ontem).
Os juízes precisam de ajuda... e que tal remete-los para o primeiro ciclo, para receberem um Magalhães do nosso querido primeiro ministro e aprenderem a escrever no Word?

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Mudar de rádio

Ocorreu-me que neste blog ninguém fez a análise do resultado das eleições que aconteceram no país.
Para mim as eleições foram mais ou menos como a música "Hat full of stars" de Cindy Lauper. Ou seja tínhamos a possibilidade de mudar as coisas, tornar as coisas diferentes, talvez para melhor, ao menos tínhamos a esperança, mas não usamos tal chapéu e ficou tudo na mesma!




Não sei se gostaria de viver num governo "You can leave your hat on", de Joe Cocker, que o bloco de esquerda pretendia instaurar, numa política de aumento de impostos. Acho que foi genial a ideia do presidente do partido em criar um PPR e depois vir dizer mal dos PPRs. É que assim ainda se deu a conhecer como verdadeiro político, bem ao género "faz o que eu digo, não faças o que eu faço".



Não estive atento às campanhas da CDU, tanto das legislativas bem como das autárquicas. E pelo que me pareceu eles também não. Deviam estar ocupados a ouvir "A Carvalhesa" na festa do Avante.



Também é verdade que o PS parece que cai e "Não cai" dos Despe e Siga. Perde a maioria absoluta, tem muito menos votação, mas no final são os vencedores. Agora genial foi acabarem com a maior fonte de intrigas para o seu partido, falo do Jornal de Sexta e ainda conseguirem envolver o Presidente da Republica contra o PSD.



As eleições no PSD parecem sempre "A lenda d'el rei D.Sebastião" do Quarteto 1111, mas acho muito difícil ele voltar de Marro... Bruxelas.



Os grandes vencedores das eleições foram o CDS-PP, que poderiam estar a viver num "Sonho Azul" de Né Ladeiras, mas serem o único pequeno partido com qual uma coligação daria maioria e depois não usar isso para ir para o poder é ... estúpido.


É melhor mesmo desligar o rádio e não voltar a ouvir falar de política por uns tempos. Quando é que joga o Porto?

P.S: Utilizadores do facebook que estão a ler isto e não percebem bem, se calhar é melhor irem ao blog: http://portugalprafrente.blogspot.com/

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ensaio político: Sem alternativas

Sócrates disse que o povo falou claro. Eu digo que o Povo não tem alternativas. infelizmente Portugal vê-se a braços com uma corja de políticos incompetentes onde a escolha reside entre o burlão, o ladrão, e o esfarrapado.
O retracto actual de um politico português é de um sujeitinho bem falante, que aperta a mão a quase toda a gente, ajeita uns negócios para a família e amigos e só prepara dois discursos para as legislativas... "Teve uma extraordinaria vitória eleitoral" Perdeu a maioria isso sim! mas nada de discursos derrotistas a não ser seja mesmo evidente...
A evidencia está ai... Portugal não tem alternativas... Em quem vamos votar?
Numa pré-reformada que já fez a sua carreira com apupos e assobios? Como é possível que o PSD não apresente um melhor candidato?
Os outros partidos são simplesmente demasiado à esquerda, e pequenos para inspirar confiança, pensa o povo... O povo sente segurança na palavra "Socialista" e "Democrata". Os palavras "esquerda" e "comunista" são palavras que causam receio e desconfiança...
Mas vou-vos dizer... realidade é que os partidos hoje em dia já não seguem as ideologias que os fundaram. Os partidos de hoje em dia são tão fluidos como as pessoas que os compõem, cm uma ideologia base, mas capazes de mudar de camisa mais de pressa que o Ronaldo...
A minha perspectiva de um politico (português... felizmente por esse mundo existem bons exemplos) é má. É certo que quem não pecou que atire a primeira pedra... Mas estamos a ver casos chapados de corrupção e interesses políticos/económicos pessoais passarem à nossa frente. E vemos isso no nosso principal corpo politico.

A realidade é que há em quem votar. Simplesmente temos que deixar os nossos receios e dar as rédeas a alguém que ainda não tenha desapontado Portugal. Temos que dar uma hipótese ao outro lado para dar uma hipótese a Portugal. Portugal não aceitou o desafio e sente mais confiança na continuidade... Vamos ter mais um mandato em que o PS, mesmo sem a maioria, vai tentar liderar o pais segundo a sua 'ideologia'...

Portugal vai ter que aprender da pior maneira que talvez "socialista" e "democrata" não sinonimo de integridade, justiça, liderança, futuro...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ensaio político: A questão do TGV

Em tempos de irmos a votos sinto estamos em falta ao não falarmos das opções que Portugal tem pela frente quando chegar aquele dia em frente à mesa de votos.
Decidi começar esta maratona pela mais recente promessa politica. A Manuela Ferreira Leite disse que voltar atrás com o a megalomania do TGV.
Antes de mais tenho a concordar que estamos a falar de uma megalomania.

Vamos lá aos factos que nos estão a ser dados (através do positivismo politico):
  • A promessa do TGV é de poder fazer uma viagem Lisboa Madrid em menos de 2:45 horas
  • A linha Lisboa Madrid será capaz de efectuar a viagem a uma velocidade de cerca de 350km/h
  • O custo de uma viagem Lisboa- Madrid custará cerca de 100€ (curiosamente bilhete entre Roma e Paris , distancia consideravelmente maior, custa apenas 120€... Deve ser porque somos ricos...)
Os factos reais/actuais :
  • A viagem actual de comboio entre Lisboa e Madrid demora cerca de 10h(parte às 22:30 PT e chega ás 9H ES); Um bilhete de ida custa 60€ no minimo
  • Este serviço é segundo pude verificar, é efectuado pelas locomotivas 1930, que tem uma velocidade máxima de 120km/h (ou seja temos estado a dormir nos últimos anos à espera disto).
  • O comboio faz várias paragens de 20 minutos (ou seja, mais bem planeado poderia demorar menos tempo).
  • Entre 1995 e 2004 investiu-se 860 milhões de euros para reduzir o tempo de viagem Porto Lisboa de 3:00 para 2:55... O plano final é reduzir isto 2:20 (a reduzir-se as paragens) a um custo total de 1,4 milhões de Euros. Que é que isto vos diz acerca do futuro do TGV feito por portugueses?
  • A actual linha é capaz de suportar o comboio pendular (estimativa minha através da analise das bitolas em uso) o que com algumas melhoras , que deveriam ter sido feitas nas últimas décadas.
  • Um bilhete de avião Lisboa- Madrid custa entre 15 a 100€ ida e volta e demora perto de duas horas portanto enquanto o petroleo não acabar ou não emigrarmos para Madrid com a casa ás costas, o TGV é mais caro e demora mais tempo.

E depois dão expectativas de que esta nova empreitada seja financeiramente viável a competir com lowcosts, autocarros e outros serviços de comboios mais baratos (que demorarão mais algum tempo)...
Promessas de uma viagem em menos de 3h quando uma low cost a faz em menos de duas horas (se passarmos pelo check-in online) e a um preço ida e volta inferior a uma viagem de um sentido no TGV.
A RAVE (http://www.rave.pt/tabid/233/Default.aspx) existe desde 2000, apenas a planear o futuro e providenciar factos a favor do TGV ( a informação que obtive no site deles não me convenceu pelo facto de que não conseguem justificar que isto é uma mudança economicamente viável).
O actual pendular veio com promessas de atingir uma velocidade máxima de 250Km/h (que é o que a locomotiva pode fazer) mas nas minhas viagens Porto-Lisboa nunca o vi passar dos 200km/h. Pela mesma perspectiva, o TGV não passará dos 300.. vai ser mais rápido ? Vai! Vai demorar apenas 2:45m de Lisboa-Madrid? Não! Vai ser mais rápido do que o actual comboio apenas porque nas últimas décadas temos estado à espera do espírito santo em vez de se ter melhorado a incrementalmente aquilo que se tem.

Infelizmente não sou um perito mas a minha análise leva-em a pensar que a adaptação do actual percurso para pendular seria um esforço menor para o pais e podiamos em vez de ir fazer pontes para Espanha, melhorar a linha ferrea de NORTE a SUL (Sul até ao Algarve) para em vez de se passar uma noite em viagem, fazer esta viagem em... 5-6h ou menos.

Mas... Mas isto não quer dizer que eu concorde com a Sra. MFL.
É mais do que certo que o TGV não será viável por muitos e muitos anos (ainda vai surgir o TGV+++ antes de esta empreitada ser rentável para o pais) e não passará de mais um tacho para os nossos políticos e os seus coleginhas, e um rombo nos bolsos de Portugal (do povo português neste caso).
Mas parece-me a mim que a MFL atirou uma promessa politica a duas semanas das eleições apenas com perspectivas a ultrapassar os seus opositores. Cancelar um projecto que anda a ser planeado desde o século passado é deitar fora todo o investimento das últimas décadas (em estudos, planeamentos e sonhos de investimentos). Portugal não ficará bem visto lá fora cada bem que mudam as cores, mudam as politicas, cancelam-se todos os investimentos e fazem-se outros (torna-se inseguro investir em Portugal)

Se o vai fazer ou não não sei (pessoalmente não acredito que ela tenha força ou mesmo vontade para ir contra os interesses já enraizados) mas parece-me que a MFL terá dado um tiro no próprio pé. A campanha já começou à meses mas a duas semanas das eleições decide-se por dizer não ao TGV? Parece-me mais desespero político face a um adversário do que determinação política (ou essa lenga lenga de uma camanha de verdades políticas! O TGV ou a ausência dele já é uma verdade política à anos).
O português eleitor é uma criaturazinha individualista e com apenas interessada no que é seu e se bem que o TGV vai estourar com o resto de Portugal, é um investimento que vai criar investimentos e devolver alguns desses investimentos económicos... nas áreas circundantes... Estamos a falar de Lisboa obviamente uma área já preenchida de investimentos (aeroportos, autoestradas, pontes e TGVs) mas que nunca é demais. E esta promessa de acabar com o TGV vai deixar muita gentinha, já com expectativas surgimento de mais oportunidades na capital, desanimada.

Por mim, dêem tiros nos próprios pés, cancelem o TGV e já agora minha sobremesa; traga-me só o café e a conta!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Dois exemplos de dever cívico...

Este fim de semana tive o prazer de participar no festival Ecos da Terra ( já não vou é a tempo de corrigir o meu último post sobre festivais). Festival este que se realizou em Celorico de Basto e que tinha como tema música do mundo.
O festival foi fantástico, as pessoas entraram tanto no no espírito dele, mas tanto que apesar de os concertos acabarem às 3 da manhã ( houve um que decidiu acabar às 3:30 e levou com a polícia), os espectadores decidiram continuar os espectáculos pela noite fora, utilizando para isso os seus batuques e instrumentos afins...
Mas foi na segunda noite, logo após o concerto dos Pé na Terra e antes do concerto dos Djamboonda, que eu e um grupo de pessoas decidimos ir comer uma fatia de bolo de aniversário para junto das tendas. Estávamos, então a saborear o bolo quando, de repente alguém olha para um monte ali perto e repara numa chama no meio do que, pensamos nós porque era noite escura, ser plena floresta. Logo ligamos para o 117 e reportamos o evento aos bombeiros.
Posso afirmar que, se o festival correu bem, é em parte devido a nós que detectamos este início de incêndio que não era visível da zona do palco. Por outro lado morriam queimados um conjunto de freaks ganzados, acho que acabava por ser ela por ela.

O segundo exemplo de dever cívico é que retiramos um cartaz da Manuela Ferreira Leite da frente de uma escola. É tamanha crueldade fazer aquilo aos putos, já basta assustá-los com o Papão.

sábado, 15 de agosto de 2009

Freaks Vs Geeks: Festivais de Verão

Todos os anos há uma quantidade enorme de festivais de verão. São tantos que já se lhe perde a conta.... É por isso que neste espaço decidi apresentar como reconhecer os Freaks e os Geeks em alguns destes festivais:

Super Bock Super Rock

Geeks: São aqueles que apesar de já saberem de antemão que não haveria concerto dos Depeche Mode, ainda assim foram naquela noite assistir ao concerto dos Gift.

Freaks: São aqueles que souberam que já não haveria concerto dos Depeche Mode, recuperaram o dinheiro do bilhete, foram comprar ganza e foram fuma-la para a porta do estádio do Bessa ao som dos Gift.

Andanças

Geeks: São os que se levantam de manhã cedo para fazerem os Workshops diários e saberem dançar nos concertos de noite.

Freaks: São os que acordam às duas da tarde, fumam o resto da erva da noite anterior, vão comprar erva à porta do recinto, vão para a beira da tenda fumar erva, e acabam a noite a dormir à entrada da tenda ... tranquilamente.

Sudoeste

Geeks: São os que vão para o sudoeste com o carro vermelho, bastante caro, de alta cilindrada do paizinho. Após o festival choram porque o carro encontra-se castanho de tanto pó que apanhou.

Freaks: Chegam na carripana cheia de ferrugem e a cair aos pedaços, normalmente 8 num carro de 5. Na hora de ir embora estão tão ganzados que nem sequer se preocupam que não conseguem ver a estrada com a quantidade de pó que existe no vidro da frente.

Ilha do Ermal

Geeks: São os que ficam nas margens da albufeira do Ermal.

Freaks: São os que vão fumar ganza para a ilha do Ermal.

Vilar do Mouros

Geeks: São os que apesar de estarem num festival de verão levaram um livro do estilo: As brumas de Avalon para lerem à sombra de uma árvore.

Freaks: São os os que levaram ganza para fumarem à sombra de uma árvore.

Festa do Avante

Geeks: São os que vão assistir à parte do comício político.

Freaks: São os que vão fumar ganza e assistir ao comício político.