domingo, 1 de fevereiro de 2009

Olá! Sou o Pedro Inácio.

Deparei-me no outro dia com um nova maneira de aumentar a nossa rede de contactos/amigos. Não se trata apenas de nos apoiarmos nesta tecnologia (que já tem os seus anos) para comunicarmos com pessoas que já conhecemos, mas sim, deste modo, irmos mais longe e aumentarmos a nossa rede de amizades. Estou a falar de mensagens de texto de telemóvel (msg).

Dado que se foram tornando cada vez mais baratas até chegar ao grátis, porque não escolher um número aleatoriamente e dizer simplesmente "Olá" e esperar por uma resposta?! Já estou a ver uma miúda de 12 anos (porque não até mais nova) a comunicar com um velhote de mais de 90 (acho que já posso chamar velho sem ofender ninguém).

Colegas meus, desconhecendo esta prática, após receberem um simples "Olá" num mensagem, responderam com "Peço desculpa mas não tenho o seu número. Com quem estou a falar?". Nova resposta não tarda a dizer, por exemplo "o meu nome é Carolina e tu? Como te chamas?" (provavelmente seria tudo feito com uma escrita abreviada). Confesso que desconheço qualquer caso de sucesso. Eu, pelo menos, não responderia.

Noutro nível, está a situação em que alguém vê, na rua, na escola, na universidade (confesso ter cada vez mais dificuldade em distinguir os dois últimos), no trabalho, etc, alguém que até acha piada. Descobre-se o número de telemóvel e manda-se um mensagem a meter conversa. Por exemplo, imaginemos que um rapaz do Instituto Superior Técnico de Lisboa (IST), num dia de aulas vê uma colega que até acha gira e manda-lhe a seguinte mensagem: "Olá, sou o Pedro Inácio de electro. Tu és a Ana de Civil? Tens Namorado?".

Vejamos o modo poético e rebuscado do método. A minha pergunta é se o individuo está à espera de resposta ou de ser gozado quando os colegas descobrirem.

ps: as personagens aqui retratadas poderão ser fictícias e, portanto, alguma semelhança com a realidade, deverá ser pura coincidência.


1 comentário:

Anónimo disse...

O facto de duas pessoas não se conhecerem ou comunicarem não invalida a possibilidade de que algum deles sinta uma atracção sexual muito forte pelo outro. "Será que o outro compreende e corresponde? Vou esconder?" Nem é necessário falarmos de comportamentos desviantes mas apenas na natureza humana. E, muitas (a maioria) das relações começam assim.