Sendo hoje, como na altura, convicto defensor da liberdade de escolha, não posso deixar de me sentir profundamente preocupado com os cada vez mais válidos argumentos dos partidários do não.
A liberalização do aborto, não acompanhada por uma verdadeira promoção/distribuição de métodos contraceptivos ou a universalização da educação sexual nas escolas pode contribuir de facto para um flagêlo social muito grande.
Ou talvez não.
O grande mérito da lei aprovada em Março de 2007 só será visivel lá para 2023 e prende-se com uma questão muito simples (talvez susceptível de ferir sensibilidades e convicções):
"Quem são, na verdade, os bebés que não nasceram?"
- Resultado de gravidezes indesejadas, mães adolescentes, falta de condições para crescer em segurança...
Quando em 2023 se assistir à maior queda dos índices de criminalidade da história moderna, não faltará quem orgulhosamente invoque para si a responsabilidade: "As medidas do governo, a eficiência da polícia, as melhorias extraordinárias de todo o sistema judicial..."
A verdade, no entanto, é que os criminosos não nasceram...
Pela 87ª vez...
Há 10 anos
1 comentário:
Um qualquer governo pensar em implementar tal medida com essa intenção, é incorrecto e imoral!!
Penso que mesmo que o aborto se incida mais em tais comunidades não me parece que seja o suficiente para parar o seu crescimento. Com as politicas anti-Robin dos Bosques, isto é, que roubam aos pobres para dar aos ricos, os bairros sociais e comunidades imigrantes marginalizadas, vão tender na mesma a aumentar. Não é coincidência que a criminalidade tenha aumento desde que tais politicas predominam. Portanto, mesmo assim, não vejo o fim da criminalidade à vista.
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