quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Petição entregue na AR quer revogação da lei do aborto sem referendo

Sendo hoje, como na altura, convicto defensor da liberdade de escolha, não posso deixar de me sentir profundamente preocupado com os cada vez mais válidos argumentos dos partidários do não.
A liberalização do aborto, não acompanhada por uma verdadeira promoção/distribuição de métodos contraceptivos ou a universalização da educação sexual nas escolas pode contribuir de facto para um flagêlo social muito grande.
Ou talvez não.
O grande mérito da lei aprovada em Março de 2007 só será visivel lá para 2023 e prende-se com uma questão muito simples (talvez susceptível de ferir sensibilidades e convicções):

"Quem são, na verdade, os bebés que não nasceram?"

- Resultado de gravidezes indesejadas, mães adolescentes, falta de condições para crescer em segurança...

Quando em 2023 se assistir à maior queda dos índices de criminalidade da história moderna, não faltará quem orgulhosamente invoque para si a responsabilidade: "As medidas do governo, a eficiência da polícia, as melhorias extraordinárias de todo o sistema judicial..."

A verdade, no entanto, é que os criminosos não nasceram...

1 comentário:

Lepi disse...

Um qualquer governo pensar em implementar tal medida com essa intenção, é incorrecto e imoral!!

Penso que mesmo que o aborto se incida mais em tais comunidades não me parece que seja o suficiente para parar o seu crescimento. Com as politicas anti-Robin dos Bosques, isto é, que roubam aos pobres para dar aos ricos, os bairros sociais e comunidades imigrantes marginalizadas, vão tender na mesma a aumentar. Não é coincidência que a criminalidade tenha aumento desde que tais politicas predominam. Portanto, mesmo assim, não vejo o fim da criminalidade à vista.